OS DESAFIOS DA MISSÃO
- Rev. Gladston Cunha
- 6 de mai.
- 2 min de leitura
Atualizado: 12 de mai.
Marcos 6.1-6
Jesus demonstrou ser poderoso para lidar com os seus adversários e opositores. Ele lhe sujeitou a criação, os demônios, as enfermidades e a morte. O clima é de vitória! Contudo, a narrativa de Marcos nos mostra que, mais uma vez, a oposição se levanta contra Jesus e o seu ministério (Mc 6.1-6). Este levante tem como pano de fundo a incredulidade dos nazarenos. O objetivo de Marcos é mostrar que Jesus continuaria lidando com desafios à sua missão e que isso deveria ser um ponto de atenção para os seus discípulos.

Lendo o texto, vemos Jesus pregando na sinagoga de Nazaré (v.1,2). Ainda que o texto não cite o nome da cidade, o mesmo pode ser inferido a partir da expressão “sua terra” (v.1) e do texto paralelo de Lucas 4.16-30. Jesus estava presente na sinagoga naquele sábado e foi convidado para a leitura dos profetas. Sua pregação levava em conta o reino de Deus e a sua missão como o Servo do Senhor (cf. Mc 1.15; Lc 4.18,19). O Mestre nunca se omitiu de estar no meio do povo de Deus e considerava o congregar como essencial à sua vida (v.2 cf. Mc 1.21,39; 3.1). Afinal, a congregação dos santos é o lugar ordinário das bênçãos comunitárias de Deus (At 2.42-47).
Num segundo momento, vemos reação dos nazarenos (v.2b-3). Eles ficaram maravilhadas com o que ouviram e viram. Porém, este assombro não conduziu os presentes à fé, mas à incredulidade. A fala deles demonstra a incapacidade que tinham em crer em Jesus (cf. Jr 13.23; Jo 8.43-47; 1 Co 2.14). Os nazarenos viam Jesus como um homem comum, sendo incapaz de ter recebido alguma dádiva de Deus. Ele era no mínimo um impostor.
Por fim, vemos Jesus refutando o pensamento deles (v.4-6). O Mestre reconheceu que os profetas não eram bem recebidos pelo povo (cf. Mt 23.37; Hb 11.37). Em Nazaré, aprouve ao Senhor realizar pouquíssimos milagres (v.5). É possível que, os poucos que foram curados tenham sido levados até Cristo antes da sua pregação ou num contexto posterior. Tal incredulidade é motivo de assombro para Jesus (v.6), mas não um motivo para desistir da missão (v.6).
O Jesus das Escrituras não é um indivíduo fraco e carente que precisa dos aplausos e do reconhecimento das pessoas. Ele encara os desafios da missão com coragem, porque ele sabe o que está fazendo. Perante o evangelho, todos os homens têm que responder positiva ou negativamente. Em ambos os casos, o Senhor alcançará sucesso (Is 46,10; 55.11).
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